DIABÓLICAS
© Alexandre Fernandes Heredia
- Ele está chegando!
- Eu vi! Apaga a luz!
Clique. Passos apressados, farfalhar de tecido, silêncio.
Passos surdos, tilintar de chaves, mecanismo do ferrolho, ranger de porta. Passos firmes. Porta batendo.
Clique.
- Agora!
Gritos histéricos. Uma pancada forte, com o som de um melão se quebrando. Urro de dor. Mais pancadas, mais gritos. Libertação e surpresa, êxtase e agonia, prazer e morte.
Constatação.
- Oh, meu Deus, o que a gente fêz?
- A gente acabou com ele, foi o que a gente fêz. Ele nunca mais vai te sacanear.
- Oh, meu Deus...
- Não faz essa cara! Se você chorar... Pára! Tá acabado, ponto. Pega as chaves da kombi.
- Eu...
- Vai, mulher! Não fica de bobeira!
Passos curtos e rápidos. Lona plástica se dobrando.
- Vem, me ajuda. Ele é pesado.
Gemidos de esforço. Tropeços em móveis. Porta novamente aberta.
Alternador eletrifica velas. Combustível inunda pistões. Explosão. Motor ligado.
- Toca pra São Mateus.
- Por que lá?
- Confia em mim.
Zumbido do motor. Uma fungada.
- Não faz isso. Ele mereceu. Agora somos só nós duas, livres.
- Ninguém merece uma morte dessas. A gente nem deu chance pra ele se defender...
- Se não fosse desse jeito a gente não pegava ele! Você sabe como ele é forte.
- É, mas ele chegou muito cedo. Falta muito tempo pra amanhecer.
- A gente espera, ué!
- Eu não quero ficar nesse carro com ele aqui dentro!
- Tá, e o que a gente faz?
[Descubra o final, acessando o link abaixo]
http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI394435-EI306,00.html
- Ele está chegando!
- Eu vi! Apaga a luz!
Clique. Passos apressados, farfalhar de tecido, silêncio.
Passos surdos, tilintar de chaves, mecanismo do ferrolho, ranger de porta. Passos firmes. Porta batendo.
Clique.
- Agora!
Gritos histéricos. Uma pancada forte, com o som de um melão se quebrando. Urro de dor. Mais pancadas, mais gritos. Libertação e surpresa, êxtase e agonia, prazer e morte.
Constatação.
- Oh, meu Deus, o que a gente fêz?
- A gente acabou com ele, foi o que a gente fêz. Ele nunca mais vai te sacanear.
- Oh, meu Deus...
- Não faz essa cara! Se você chorar... Pára! Tá acabado, ponto. Pega as chaves da kombi.
- Eu...
- Vai, mulher! Não fica de bobeira!
Passos curtos e rápidos. Lona plástica se dobrando.
- Vem, me ajuda. Ele é pesado.
Gemidos de esforço. Tropeços em móveis. Porta novamente aberta.
Alternador eletrifica velas. Combustível inunda pistões. Explosão. Motor ligado.
- Toca pra São Mateus.
- Por que lá?
- Confia em mim.
Zumbido do motor. Uma fungada.
- Não faz isso. Ele mereceu. Agora somos só nós duas, livres.
- Ninguém merece uma morte dessas. A gente nem deu chance pra ele se defender...
- Se não fosse desse jeito a gente não pegava ele! Você sabe como ele é forte.
- É, mas ele chegou muito cedo. Falta muito tempo pra amanhecer.
- A gente espera, ué!
- Eu não quero ficar nesse carro com ele aqui dentro!
- Tá, e o que a gente faz?
[Descubra o final, acessando o link abaixo]
http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI394435-EI306,00.html