O Sexo dos Anjos
por Alexandre Heredia
"Ai, que perrengue!", pensou o Cupido, levando angelicalmente as mãos em suas partes.
Fazia muito tempo que ele não se aliviava. Aquele lance de ser sempre o galheteiro, temperando pro outros comerem, era demais. Afinal, ele também era filho de Deus!
A vida no paraíso era, literalmente, um inferno. Só cânticos, solos monótonos de harpas e pessoas felizes. Nenhum pecado para aliviar as tensões, nenhuma chance de uma fornicaçãozinha básica num canto de nuvem. Parecia que só ele pensava naquilo!
Não dava mais para agüentar! Precisava se aliviar, e agora! Só precisava encontrar um lugar reservado e pronto. Olhou para um lado e viu uma roda de querubins cantando louvores. De outro um grupo de idosos caminhava, trocando memórias. Ainda não. Não era bom. Precisava de algo discreto.
Até que finalmente viu um grupo de crianças que brincava de esconder entre os cúmulos, e teve uma idéia. Aproximou-se e pediu para brincar também. Foi recebido com alegria e inocência, o que quase o fez desistir de sua diabrura. Quase. Assim que um dos garotos começou a contar, ele bateu rápido suas pequenas asas e se escondeu em uma cinzenta nuvem de chuva. Caso o Chefe o visse por lá, era só dizer que estava brincando com os garotos. Tinha até testemunhas. Tirou a toga da cintura e começou a manipulação. "Ah, que delícia, que delícia!". O perrengue era tanto que em poucos minutos já havia terminado. Só para não perder a chance tocou mais uma. E outra.
Um, dois, três, está com você!
Brincou mais um pouco e foi embora, a prova de seu crime bem escondida naquela nuvem de chuva.
Ninguém perceberia!
--
Será?
http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1177960-EI306,00.html
"Ai, que perrengue!", pensou o Cupido, levando angelicalmente as mãos em suas partes.
Fazia muito tempo que ele não se aliviava. Aquele lance de ser sempre o galheteiro, temperando pro outros comerem, era demais. Afinal, ele também era filho de Deus!
A vida no paraíso era, literalmente, um inferno. Só cânticos, solos monótonos de harpas e pessoas felizes. Nenhum pecado para aliviar as tensões, nenhuma chance de uma fornicaçãozinha básica num canto de nuvem. Parecia que só ele pensava naquilo!
Não dava mais para agüentar! Precisava se aliviar, e agora! Só precisava encontrar um lugar reservado e pronto. Olhou para um lado e viu uma roda de querubins cantando louvores. De outro um grupo de idosos caminhava, trocando memórias. Ainda não. Não era bom. Precisava de algo discreto.
Até que finalmente viu um grupo de crianças que brincava de esconder entre os cúmulos, e teve uma idéia. Aproximou-se e pediu para brincar também. Foi recebido com alegria e inocência, o que quase o fez desistir de sua diabrura. Quase. Assim que um dos garotos começou a contar, ele bateu rápido suas pequenas asas e se escondeu em uma cinzenta nuvem de chuva. Caso o Chefe o visse por lá, era só dizer que estava brincando com os garotos. Tinha até testemunhas. Tirou a toga da cintura e começou a manipulação. "Ah, que delícia, que delícia!". O perrengue era tanto que em poucos minutos já havia terminado. Só para não perder a chance tocou mais uma. E outra.
Um, dois, três, está com você!
Brincou mais um pouco e foi embora, a prova de seu crime bem escondida naquela nuvem de chuva.
Ninguém perceberia!
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Será?
http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1177960-EI306,00.html