Pernas Para Que Te Quero!
© Alexandre Heredia
Nick usou as costas da mão direita para enxugar o suor que escorria de sua testa, e com a esquerda coçou o traseiro por sobre o calção. Estava louco para tomar uma cerveja, mas por causa da inflamação em seu joelho tinha que se contentar com o suco de laranja. "Porcaria de antibiótico", pensou.
De sua espreguiçadeira podia ver claramente a grama de seu jardim crescendo. Pam se recusava a passar o cortador. Dizia que estragava suas unhas. E por causa disso o quintal estava se transformando em um viveiro de mosquitos. E a situação iria piorar com a chegada do verão.
"Fazer o quê?", pensou Nick, enquanto se ajeitava na cadeira. Seu joelho estava detonado. Não tinha como guiar o velho cortador pela grama. Na verdade, havia pouca coisa que ele pudesse fazer além de ficar sentado. "Maldita hora que aceitei jogar aquela partida de soccer!", resmungou. Aquilo não era esporte, era uma maldita mania européia que estava roubando o público do verdadeiro esporte americano: o baseball.
Mas o pessoal do escritório havia montado um time, e ele aceitou participar apenas para não ser excluído do grupo. Sabia como aquele tipo de coisa contava na hora de um corte. E ele já havia passado dos 35 anos, não podia arriscar uma demissão.
"Tudo que eu queria", pensou, amargurado, "era fazer um transplante dessa perna. Colocar uma perna igual a daqueles negros africanos, que nem a do Carl Lewis. Aí os caras iriam ver quem ia se machucar numa disputa de bola!".
Seus devaneios foram interrompidos por um assovio contínuo, vindo do alto. Ergueu os olhos mas se ofuscou com o sol brilhante. Espremeu as pálpebras, mas não conseguiu reconhecer a origem daquele som crescente.
De repente, sem aviso, seu quintal explodiu. Não uma grande explosão, mas o suficiente para ser notada. Grama alta e terra seca voaram para todo lado. Assustou-se, e quase caiu da espreguiçadeira. Com os olhos arregalados olhou para a pequena cratera formada em seu quintal, percebendo que havia algo disforme lá dentro.
Sem retirar os olhos do ponto de impacto, ergueu-se com esforço. Mancou até o lugar.
- Goddammit...
O que será que caiu lá? Clique no link abaixo e descubra:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2005/06/050608_aviaonyms.shtml
Nick usou as costas da mão direita para enxugar o suor que escorria de sua testa, e com a esquerda coçou o traseiro por sobre o calção. Estava louco para tomar uma cerveja, mas por causa da inflamação em seu joelho tinha que se contentar com o suco de laranja. "Porcaria de antibiótico", pensou.
De sua espreguiçadeira podia ver claramente a grama de seu jardim crescendo. Pam se recusava a passar o cortador. Dizia que estragava suas unhas. E por causa disso o quintal estava se transformando em um viveiro de mosquitos. E a situação iria piorar com a chegada do verão.
"Fazer o quê?", pensou Nick, enquanto se ajeitava na cadeira. Seu joelho estava detonado. Não tinha como guiar o velho cortador pela grama. Na verdade, havia pouca coisa que ele pudesse fazer além de ficar sentado. "Maldita hora que aceitei jogar aquela partida de soccer!", resmungou. Aquilo não era esporte, era uma maldita mania européia que estava roubando o público do verdadeiro esporte americano: o baseball.
Mas o pessoal do escritório havia montado um time, e ele aceitou participar apenas para não ser excluído do grupo. Sabia como aquele tipo de coisa contava na hora de um corte. E ele já havia passado dos 35 anos, não podia arriscar uma demissão.
"Tudo que eu queria", pensou, amargurado, "era fazer um transplante dessa perna. Colocar uma perna igual a daqueles negros africanos, que nem a do Carl Lewis. Aí os caras iriam ver quem ia se machucar numa disputa de bola!".
Seus devaneios foram interrompidos por um assovio contínuo, vindo do alto. Ergueu os olhos mas se ofuscou com o sol brilhante. Espremeu as pálpebras, mas não conseguiu reconhecer a origem daquele som crescente.
De repente, sem aviso, seu quintal explodiu. Não uma grande explosão, mas o suficiente para ser notada. Grama alta e terra seca voaram para todo lado. Assustou-se, e quase caiu da espreguiçadeira. Com os olhos arregalados olhou para a pequena cratera formada em seu quintal, percebendo que havia algo disforme lá dentro.
Sem retirar os olhos do ponto de impacto, ergueu-se com esforço. Mancou até o lugar.
- Goddammit...
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